Promoção da saúde, epidemiologia social e capital social: inter-relações e perspectivas para a saúde pública
A idéia de promover saúde antecede o uso explícito do termo. No entanto, a incorporação dessa idéia e da prática no campo da saúde pública foi influenciado especialmente pela reforma de saúde iniciada no Canadá, em 1974, a qual refletiu os anseios de muitos outros preocupados com influência do meio físico e social na saúde. Essa reforma serviu de base para o lançamento de várias conferências desencadeados pela Organização Mundial da Saúde, começando pela de Alma Ata em 1977, e seguida pela Conferência de Ottawa, da qual resultou o primeiro documento internacional em promoção de saúde: a Carta de Ottawa. Embora promoção da saúde esteja presente em uma grande e variada literatura, seu conceito ainda não é bem entendido e sua prática dificultada. Parece que a importância dessas conferências tem servido para não deixar fenecer a idéia de eqüidade em saúde, uma vez que os esforços para reduzir a distância entre retórica e prática continuam longe de ser alcançados. Entretanto, o crescimento da epidemiologia social associado ao conceito de capital social para saúde podem complementar os preceitos da epidemiologia tradicional e, conseqüentemente, contribuir para a efetivação do modelo estruturalista para a promoção da saúde. O propósito desse artigo é elucidar esses conceitos e descrever o papel que eles desempenham no campo da saúde pública a fim de estimular debates futuros.
| Item Type | Article |
|---|---|
| Departments |
Social Policy Lifecourse, Ageing & Population Health |
| DOI | 10.1590/S0102-311X2004000500030. |
| Date Deposited | 18 Oct 2013 15:22 |
| URI | https://researchonline.lse.ac.uk/id/eprint/53618 |